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quarta-feira, 29 de julho de 2015

MUSEU DE ARTE PAREDE - SISTEMA DE DRENAGEM DO TERRENO


Essa postagem tem como objetivo apresentar as ideias escolhidas para o projeto do museu de arte cujo conceito trabalhado foi o da PAREDE. Esse conceito contava com diretrizes bem definidas, já explicadas em postagens anteriores. Algumas das mais importantes para o sistema de drenagem foram as que previam que o edifício não contaria com aberturas nas fachadas exteriores, o que levou à criação de pátios internos e áreas de luz e ventilação. O texto será dividido em subtítulos abordando cada sistema de drenagem adotado no projeto. Ao final de cada assunto serão listados os sites, pesquisas e artigos que serviram como fontes para a pesquisa.




Conforme a última postagem, em paralelo com o projeto do museu de arte da cidade de São Leopoldo, os alunos deveriam criar um esquema do sistema de drenagem do lote da edificação. Esse sistema deveria prever o reaproveitamento da água da chuva através do armazenamento em cisternas além de direcionar a água para o sistema de drenagem público.

O trabalho foi realizado na disciplina de Atelier de Projeto IV - Seminário de Interação, com a professora Karen Haas. Ao longo da segunda etapa do semestre, o Grau B, tivemos aulas expositivas sobre sistemas de fachadas, estrutura, detalhamento, acessibilidade e, claro, drenagem.


COBERTURA DO VOLUME ORGÂNICO DAS SALAS DE EXPOSIÇÃO

A primeira questão trabalhada foi a cobertura do prédio. O volume orgânico apresenta uma cobertura de forma helicoidal, muito extensa. A água das precipitações correria muito rápido no sentindo leste-oeste e se acumularia nessa extremidade do edifício, sendo necessário pensar em algum mecanismo para tornar esse trajeto mais lento. Existem muitas formas de conseguir esse resultado: telhados verdes, ranhuras na cobertura, etc. Mas, para utilizar uma solução que melhor Se adequasse ao conceito do projeto, o melhor foi utilizar uma cobertura com pedras de cascalhos ou gravilhas que, além de atrasar a descida da água, manteriam a aparência rochosa da volumetria e filtrariam algumas sujeiras antes que alcançassem as calhas. No caso do acúmulo de água na extremidade oeste, a decisão foi de criar subdivisões ao longo da cobertura, utilizando vigas invertidas. Dessa forma a água seria barrada em pequenos trechos da cobertura e direcionada até as tubulações por meio do sistema de calhas. As tubulações seriam instaladas junto aos pilares da estrutura, de forma embutida, e a água despejada nos jardins lineares da área de luz e ventilação.






REFERÊNCIAS
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&cod=413
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=36
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20


ÁREA DE LUZ E VENTILAÇÃO


Resultado da abordagem conceitual do projeto, a área de luz e ventilação possui uma forma linear que contorna o volume orgânico. Ela recebe a água que desce pelas tubulações vinda das coberturas e dos dois grandes pátios internos. A ideia inicial era aproveitar seu formato para criar uma biovaleta, absorvendo grande parte da água da chuva e despejando o excedente, por meio de tubulações, para o exterior do edifício. Mas, para aproveitar água da chuva, toda a área de luz e ventilação foi usada para criar um grande reservatório permeável com cobertura vegetal. O sistema é desenvolvido pela empresa ECOTELHADO. A água seria armazenada nessa faixa e bombeada para as cisternas no alto das rampas do edifício. O excedente dessa água, em caso de grandes precipitações, continuaria desaguando no exterior do edifício por meio das tubulações.





PÁTIOS INTERNOS


Os grandes pátios internos, assim como a área de luz e ventilação linear, também foram criados por causa da decisão conceitual de não utilizar aberturas nas fachadas. Para manter a aparência urbana e rochosa de todo o complexo, optou-se por criar uma espaço contemplativo sem paisagismo, um espaço amplo, rodeado por paredes onde reinaria um silêncio reflexivo. A pavimentação é toda em concreto poroso e utiliza, também, o sistema de reservatório permeável da ECOTELHADO. A água da chuva ficaria armazenada ali nessas cisternas subterrâneas e bombeada para as cisternas do museu. O excedente de chuva, através de tubulações, desaguaria no reservatório permeável da área de luz e ventilação.








COBERTURA DO ESTACIONAMENTO E CAIXAS DE AREIA


Outro sistema da ECOTELHADO utilizado no museu, especificamente no volume retangular que abriga o estacionamento, foi o Sistema Laminar Alto. Ele atua como um reservatório que cobre toda a extensão da laje de cobertura. A água da chuva penetrar ali através do concreto poroso e é bombeada até as cisternas do museu e o excedente é direcionado para as caixa de areia através de tubulação embutida nas paredes, alinhadas com os pilares. Por fim, é direcionada para os jardins.






REFERÊNCIAS 
https://ecotelhado.com/portfolio/pavimento-permeavel-impermeavel-reservatorio-trincheira-jardimdechuva/reservatorio-permeavel/
https://ecotelhado.com/portfolio/sistema-integrado-ecoesgoto/
https://ecotelhado.com/portfolio/ecotelhado/sistema-laminar-alto/
https://www.youtube.com/watch?v=Ba8rl50vuyI



BLOCOS INTERTRAVADOS


Os blocos de concretos intertravados são utilizado comumente na pavimentação de ruas e praças. No projeto foram utilizadas na área do estacionamento de carga e descarga.





REFERÊNCIAS

https://propostasarq.wordpress.com/2012/10/06/perasf-asfalto-permeavel/
http://www.rhinopisos.com.br/site/instrucoes_de_colocacao/


JARDINS DE CHUVA


O paisagismo geométrico do lote permitiu a criação de grandes área de gramado, gerando uma bela praça que faz referências aos grandes jardins barrocos e ao jardim formal francês. Para nessas áreas de gramado, onde não são previstas circulação de visitantes mas, sim, a permanência em piqueniques, por exemplo, optou-se por criar jardins de chuva através de um rebaixo e tratamento do solo. A água das grandes chuvas são direcionadas para esses jardins, que filtram as impurezas, e depois penetram no solo. uma arte é drenada e direcionada para o sistema de drenagem público.


REFERÊNCIAS
http://pt.slideshare.net/guicastagna/jardinsdechuvaabcp
http://www.reformafacil.com.br/infra-estrutura-verde-jardim-de-chuva
http://srrcd.ca/programs/rain-gardens/

BIOVALETAS 


Seguem o mesmo sistema dos jardins de chuvas, porém possuem um formato linear. No projeto ocupam poucas áreas com esse tipo de configuração, mas são comumente utilizadas ao longo de vias públicas.




REFERÊNCIAS
http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/33/artigo301421-1.aspx
http://www.reformafacil.com.br/infra-estrutura-verde-biovaleta

PISO POROSO DA ÁREA DE EXPOSIÇÃO DE ESCULTURAS


As área de exposição de esculturas, que possui um paisagismo que faz referência a Durand, recebem a pavimentação do concreto poroso. Ele permite a rápida infiltração da água no solo.




REFERÊNCIAS
http://www.concretopermeable.com/sistema.html
http://www.solariumrevestimentos.com.br/produtos/revestimentos-piso-e-parede/drenaggio/drenaggio
http://www.aconsachih.com/home/index.php/concreto-permeable
http://www.oterprem.com.br/site/index.php?pg=produtos_pisos_drenantes
http://infraestruturaurbana.pini.com.br/solucoes-tecnicas/13/artigo254488-2.aspx
http://www.concretopermeable.com/sistema.html


CANTEIRO PLUVIAL


O canteiro pluvial segue o mesmo princípio dos jardins de chuva, porém são colocado ao longo das vias públicas para ajudar na drenagem das águas da chuva que, normalmente se acumulam, sobrecarregando bocas de lobo e causando alagamentos.




REFERÊNCIAS
http://www.reformafacil.com.br/infra-estrutura-verde-canteiro-pluvial-2
http://solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2013/04/AF_Jardins-de-Chuva-online.pdf

STORM TREE


Por fim, temos o sistema Storm Tree, utilizado em pequenos canteiros. Assim como os outros sistemas, ele filtra a água das precipitações antes de ser absorvida no solo e seu excesso também é direcionado para o sistema público através de tubulações.




REFERÊNCIAS
http://www.deeproot.com/blog/blog-entries/philadelphias-green-streets-design-manual-weak-on-trees-and-soils
http://storm-tree.com/

Esse foi um breve resumo sobre o sistema de drenagem do museu de arte. A seguir, deixo mais alguns links que ajudaram muito na escolha dos sistema:

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