Desde o início da faculdade de arquitetura aprendemos que o projeto precisa ser elaborado levando em consideração o contexto no qual será inserido. Um bom projeto é aquele que traz as melhores soluções para esse contexto, que traz contribuições para a cidade e para as pessoas. Os professores nos ensinam a pensar, a conhecer as soluções já propostas para problemas semelhantes, nos orientando para que possamos propor as nossas ideias com embasamento técnico. Se cada contexto exige soluções arquitetônicas diferentes, como a arquitetura é ensinada em universidades das mais diferentes regiões do país?
Nesta edição da Genoa.estudantes, apresentamos três projetos: uma universidade, um hotel e uma biblioteca. Contamos, também, uma bela história de intercâmbio que passa por locais impressionantes do Chile e do Peru.
Da Feevale, em Novo Hamburgo (RS), temos o projeto de Jandrei Gallas. Um dos maiores desafios foi o terreno, que possui 15 metros de desnível, onde o estudante desenvolveu sua proposta para a Universidade Criativa. O projeto se destaca pela organização dos setores, aproveitando as potencialidades de cada região do lote, seguindo o conceito criativo de quebra-cabeça, cada setor e cada área de conhecimento conectando-se para formar profissionais que trabalhem pelo benefício da sociedade.
Em Timbó (SC), Andrieli Lunelli, aluna da Faculdade Leonardo da Vinci, apresentou o projeto do Hotel Vitalität. Seu conceito reflete o dinamismo da cidade, a vitalidade. Um hotel é um local que se renova a cada novo hóspede, se aprimora, passa a fazer parte da vida das pessoas.
Inspirados pela arquitetura do MASP, da arquiteta Lina Bo Bardi, os alunos Conrado Carvalho, Guilherme Barros e Samuel Gonçalves Fonseca, da Unifamma em Maringá (PR), projetaram o edifício da Biblioteca Municipal Cidade da Canção. Conrado e Samuel já haviam participado da Genoa.estudantes #4, em 2017. Os projetos dos alunos possuem grande racionalidade. A biblioteca, além dessa racionalidade, adquiriu o caráter de monumento, um marco urbano compondo um eixo juntamente com a Catedral de Maringá.
De Campo Grande (MS), a estudante da Universidade Católica Dom Bosco, Doraline de Queiroz, partiu para um intercâmbio no Chile, em 2015. Podendo acompanhar a maioria dos brasileiros que escolhem estudar em Santiago, Doraline optou por desafiar-se a si mesma indo para uma cidade não muito conhecida por aqui, chamada Antofagasta. Assustadora num primeiro momento, a experiência trouxe aprendizados e momentos incríveis para a estudante, que compartilhou um pouco da sua história conosco.
Muito obrigado a todos os estudantes que participaram dessa edição da Genoa.estudantes. Nosso objetivo é trazer sempre uma diversidade de projetos a cada nova revista. Hoje conhecemos histórias de colegas de quatro universidades diferentes. Isso nos deixa muito felizes e ansiosos para compartilhar cada vez mais projetos.
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